quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A História de Telêmaco

Para muitos jovens existe o medo de encarar algo que é maior que eles. O medo de não ser capaz e acabar falhando. E quando paramos para olhar nossa cultura, o mundo que está ao nosso redor e todos os problemas e pecados que têm se tornados normais e até aceitos dentro da igreja, como namoro e beijos, etc. a tarefa parece grande demais. Mas você foi escolhido por Deus sabendo que você é capaz e que, junto com Ele, dará conta. Você foi separado para ser uma voz profética a essa nação, para proclamar as Palavras de Deus. Só que nessa, você não pode se calar.

Como Deus falou para o profeta Jeremias, em Jr 15.19:
Assim respondeu o Senhor: “Se você se arrepender, eu o restaurarei para que possa me servir; se você disser palavras de valor, e não indignas, será o meu porta-voz. Deixe este povo voltar-se para você, mas não se volte para eles.”

Ou, em outras palavras, “É para você influenciá-los, mas não se deixe influenciar por eles.” Você foi chamado para influenciar, e não ser influenciado.

Existe a história de um cara chamado Telêmaco. Um monge que vivia no século 4 dC. Certo dia ele sentiu Deus lhe falando para ir à Roma. Então, colocou todas as suas coisas numa mochila e saiu em direção àquela cidade. Quando chegou lá, a cidade estava lotada. Havia pessoas para onde quer que ele olhasse, lotando as ruas, tudo animado. Ele perguntou qual a razão para todos estarem nesse clima e alguém lhe respondeu que aquele era o dia em que os gladiadores estariam lutando e se matando, um ao outro, no Coliseu. Então, pensou para si mesmo, “Quatro séculos depois Cristo e os homens ainda estão se matando uns aos outros em nome do entretenimento?” Nessa, ele correu para o Coliseu e ouviu os gladiadores gritando, “Toda a glória e honra a César! Nós morremos por César!” E ele pensou, “Isso não é certo.” Aí, pulou a cerca para dentro da arena, foi até ao meio dela e se colocou entre dois gladiadores, levantou as suas mãos e gritou, “No nome de Jesus Cristo, parem!” A multidão começou a rir pensando que ele fizesse parte do show. Mas, quando entenderam que ele não era, ficaram irados e começaram a gritar, “Matem-no! Matem-no!” Um gladiador se aproximou e bateu no estomago de Telêmaco com a empunhadura da sua espada. O monge, dando uns passos para trás, caiu no chão. Levantou e correu de volta entre os dois gladiadores e, de novo, gritou, “No nome de Jesus Cristo, parem!” E a multidão continuou gritando, “Matem-no! Matem-no! Matem-no!” E o outro gladiador foi até o pequeno monge e lançou a sua espada na barriga dele, e Telêmaco caiu no chão, a terra se tornando vermelha com o seu sangue. Mais uma vez, ele levantou a cabeça e gritou, “No nome de Jesus Cristo, parem!” caindo morto na arena. Um grande silêncio se passou pela multidão. Eventualmente, um homem se levantou e saiu, e mais um, e mais um, até que 80.000 pessoas saíram do Coliseu. E esta foi a última vez que a história relata que os gladiadores lutaram em Roma.

Um pequeno monge, com a convicção de Deus em sua vida e coragem de obedecer, marcou uma geração e mudou a história. Claro que foi através do próprio sangue. Mas, às vezes esse é o preço.

Você topa? Você realmente tem coragem de ser a voz profética para um mundo que talvez não queira ouvir aquilo que Deus quer falar? Você quer ser usado? Deus está procurando mais pessoas iguais a Telêmaco, que, como está escrito em Ap 12:11; “diante da morte, não amaram a própria vida.”

Deus te chamou para influenciar. Feliz 2011

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

sábado, 25 de dezembro de 2010

O que Jesus quer do Natal?

O que Jesus quer neste Natal? Nós podemos ver a resposta em Suas orações. O que Ele pedia a Deus? A sua mais longa oração está em João 17. Vejamos o clímax do Seu desejo:

Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo (v.24)

Entre todos os pecadores indignos do mundo, existem aqueles que Deus “deu para Jesus.” Esses são aqueles que o Pai atraiu para o Filho (Jo 6:44,65). Esses são os Cristãos – pessoas que “receberam” Jesus como o crucificado e ressurreto Salvador e Senhor e Tesouro de suas vidas (Jo 1:12; 10:11,17-18; 20:28; 6:35; 3:17). Jesus disse que Ele quer que eles estejam com Ele.

Às vezes nós ouvimos as pessoas dizerem que Deus criou o homem porque ele estava solitário. Então eles dizem, “Deus nos criou para que nós estivéssemos com Ele.” Jesus concorda com isso? Bem, de fato Ele diz que Ele realmente queria que nós estivéssemos com Ele! Sim, mas por quê? Consideremos o resto do versículo. Por que Jesus queria que nós estivéssemos com Ele?

...para que vejam a minha glória que me [o Pai] deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.

Essa seria uma maneira estranha de expressar sua solidão. “Eu quero eles comigo para que eles possam ver a minha glória.” É certo que isso não expressa Sua solidão. Isso expressa Sua preocupação quanto à satisfação de nosso anseio, e não de Sua solidão. Jesus não é solitário. Ele e o Pai e o Espírito são profundamente satisfeitos na comunhão da Trindade. Nós, não eles, estamos famintos por algo. E o que Jesus deseja para o Natal é que nós experimentemos aquilo para a qual nós realmente fomos feitos – contemplar e experimentar [saborear] sua glória.

Óh, que Deus possa penetrar isso em nossas almas! Jesus nos fez (Jo 1:3) para vermos Sua glória. Um pouco antes de ir para a cruz Ele pede Seus mais profundos desejos ao Pai: “Pai, Eu desejo – Eu desejo! – que eles... possam estar comigo onde Eu estiver, para verem a minha glória.”

Mas isso é apenas a metade do que Jesus queria nesses finais e culminantes versos de Sua oração. Eu acabei de dizer que nós, de fato, fomos feitos para contemplar e experimentar Sua glória. Não era isso que Ele queria – que nós não apenas vejamos Sua glória, mas a experimentemos, nos satisfaçamos nela, nos deleitemos nela, façamos dela o nosso tesouro, e a amemos? Considere o verso 26, o último verso:

E eu lhes fiz conhecer o Teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.

Esse é o final da oração. Qual é o propósito final de Jesus para nós? Não que nós simplesmente vejamos Sua glória, mas que nós O amemos com o mesmo amor que o Pai tem por Ele: “para que o amor com que me [o Pai] tens amado esteja neles.” O anseio e propósito de Jesus é que nós vejamos Sua glória e então que nós sejamos capazes de amar o que vemos, com o mesmo amor que o Pai tem pelo Filho. E Ele não quer dizer que nós meramente imitemos o amor do Pai pelo Filho. Ele quer dizer que o próprio Amor do Pai se torne o nosso amor pelo Filho – que nós amemos o Filho com o amor do Pai pelo Filho. Isso é o que o Espírito se torna, e derrama em nossas vidas: Amor ao Filho pelo Pai através do Espírito.

O que Jesus mais quer para o Natal é que Seus eleitos estejam reunidos e então façam o que eles mais desejam – contemplar Sua glória e então experimentá-la com o mesmo gosto do Pai pelo Filho.

O que eu mais quero para o Natal esse ano é me juntar a você (e a muitos outros) em contemplar Cristo em toda Sua plenitude e que juntos, nós sejamos capazes de amar o que vemos, com um amor que vai muito além de nossa vaga capacidade humana.

Isso é o que Jesus pede por nós neste Natal: “Pai, mostre a eles a minha glória e dê-lhes o mesmo deleite em mim que Tu tens por mim.” Óh, que nós possamos ver Cristo com os olhos de Deus e experimentar Cristo com o coração de Deus. Essa é a essência do céu. Este é o presente que Cristo veio comprar para pecadores ao preço de Sua morte em nosso lugar.

Contemplando e Experimentando Ele com você,

Pastor John Piper

Temor a homens X Temor a Deus

Temor a homens x Temor a Deus from iPródigo on Vimeo.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Os cristãos deveriam celebrar o Natal?

Eu compreendo aqueles que querem ser rigorosamente e distintamente Cristãos. Que querem ser libertos do mundo e qualquer raiz pagã que possa repousar sob nossa celebração do Natal, mas não me posiciono da mesma maneira nesta questão porque penso que chega um ponto onde as raízes já estão distantes de tal forma que o significado presente não carrega mais nenhuma conotação pagã. Fico mais preocupado com um novo paganismo que se sobreponha a feriados cristãos.

Eis um exemplo que eu uso: Todo idioma tem raízes em algum lugar. A maioria dos nossos dias da semana [em inglês] —se não todos— saíram de nomes pagãos também. Então deveríamos parar de usar a palavra “Sunday” (domingo) porque ela pode ter estado relacionada à adoração ao sol em um tempo distante? No inglês moderno, “Sunday” (domingo) não carrega aquela conotação, e é a própria natureza do idioma. De certa forma, os feriados são como a linguagem cronológica.

O Natal agora significa que marcamos, no meio cristão, o nascimento de Jesus Cristo. Nós achamos que o nascimento, a morte e a ressurreição de Cristo são os eventos mais importantes na história humana. Não marcá-los de alguma forma, através de uma celebração especial, me parece que seria insensatez.

Eu lembro de ter sido vizinho de um casal nos tempos de seminário que não celebrava os aniversários de seu filho. A ideia era, em parte, que todos os dias eram especiais para o menino. Mas se todos os dias são especiais, então provavelmente significa que não há dias especiais. Contudo, algumas coisas são tão boas e preciosas — como aniversários e até mesmo mortes — que são dignas de serem marcadas. Quão mais o nascimento e a morte de Jesus Cristo!

Realmente vale o risco, mesmo que a data de 25 de Dezembro tenha sido escolhida por causa de sua proximidade com algum tipo de festival pagão. Vamos apenas tomá-la, santificá-la e fazer o melhor com ela, porque Cristo é digno de ser celebrado em seu nascimento.

Não há motivo para escolher outra data. Não vai funcionar.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

sábado, 18 de dezembro de 2010

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A bondade de Deus

A bondade de Deus se manifesta baseada em sua sabedoria inescrutável, e se manifesta segundo o conselho da sua vontade. Dizer que Deus é bom não significa dizer que Deus dá todas as coisas a todas as pessoas por igual. Não! Pensar dessa forma é não conhecer o Senhor. A partir da simples observação notamos que uma pessoa recebe muita saúde e outra, menos saúde, uma recebe muitos bens e outra, menos bens, uma recebe muita capacidade e outra, um pouco menos, uma recebe muitos anos e outra menos anos, mas todas elas são objetos da bondade de Deus. E é interessante notar que a bondade de Deus também estabelece a lei das compensações, de sorte que aquela pessoa que recebe mais numa área, recebe menos noutra área, e a outra pessoa que recebe menos na primeira área, recebe mais na área em que a outra recebe menos, e assim se manifesta a sabedoria inescrutável de Deus em gerenciar o exercício da sua bondade entre as suas criaturas. Todas as criaturas são do Senhor e por isso Ele é bom para com todas elas.

Pr. Edson de Azevedo

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Humildade

Humildade não significa ter a nosso respeito opinião inferior à que merecemos, mas ter noção exata da nossa fraqueza e do nosso pecado. Somos demasiadamente fracos por nós mesmos para fazer o que quer que seja, até mesmo existir. É unicamente o poder de Deus que nos permite fazer alguma coisa, incluindo andar na direção dele. Assim, o orgulho é como um furto: os orgulhosos tomam para si mesmos a glória de Deus.

Para desenvolver a humildade pessoal ao meditar, simplesmente examine a sua vida. Suponha que todos os seus pensamentos de repente se tornassem transparentes perante o mundo. Se alguém soubesse que motivações secretas corrompem até suas ações mais nobres, você já não esperaria ser respeitado por sua bondade.

Pense como é vergonhosa a natureza do pecado, como é grande a reparação necessária para purificar-nos da culpa. Exigiu-se, nada menos que o sofrimento e a morte do Filho de Deus. Há espaço para o orgulho enquanto partilhamos de uma natureza como a nossa?

Todos nós amamos a humildade e odiamos o orgulho - nos outros.

Volte os olhos para o céu e veja como você é diferente dos anjos. Eles não contemplam a própria perfeição, mas todos compartilham a mesma alegria. Considere como é absurdo para pecadores humanos desfrutar de posições de respeito enquanto os magníficos serafins rendem homenagem somente a Deus. Que a pessoa sastifeita consigo mesma contemple nosso Senhor pregado e estendido na cruz, comparando-se com aquele resignado Salvador crucificado.

William Law
In: A biblioteca de C. S. Lewis

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Todos os decretos de Deus são um só

Como todos os decretos de Deus são um só compreensível propósito, não se pode admitir nenhum ponto de vista sobre a relação dos detalhes que tal desígnio abarca, que não admita sua plena redução à unidade. Em todo grande mecanismo, qualquer que seja o número ou complexidade de suas partes, deve haver uma unidade de desígnio. Cada parte está relacionada com outras partes, e a percepção de tal relação é necessária para uma conveniente compreensão do todo. Além do mais, como os decretos de Deus são eternos e imutáveis, nenhuma visão de Seu plano de operação que suponha a Deus propondo-se primeiro uma coisa e depois outra, pode ajustar-se à natureza de tais decretos. E, como Deus é absolutamente soberano e independente, todos Seus propósitos hão de ser decididos desde Seu interior ou de acordo com o desígnio de sua própria vontade. Não pode supor-se que sejam contingentes ou manter-se em suspenso ante a ação de Suas criaturas, ou ante qualquer coisa fora dEle mesmo. O sistema infralapsário, como o sustentam a maior parte dos agostinianos, cumpre todas estas condições; todos os detalhes particulares formam um todo compreensivo; tudo se segue em uma ordem que não supõe câmbio algum de desígnio; e tudo depende da vontade de Deus infinitamente sábia, santa e justa. O fim último é a glória de Deus. Para este fim cria o mundo, permite a queda, dentre os homens caídos elege alguns para a vida eterna, e deixa o resto à justa recompensa de seus pecados. A quem Ele elege, Ele chama, justifica, e glorifica; esta é a cadeia de ouro cujos elos não podem ser separados ou mudados. Esta é a forma em que o esquema da redenção estava na mente do Apóstolo ao ensinar-nos em Romanos 8.29-30.

Charles Hodge