quarta-feira, 29 de setembro de 2010

MEDO!

O medo é um dos ingredientes mais fortes da religião. Uma pessoa com medo é uma pessoa sensível, vulnerável, capaz de realizar práticas absurdas em busca de alívio e os líderes religiosos espertos como as serpentes perceberam isso a muito tempo.

Falamos da Graça de Jesus, mas o Deus punitivo sempre aparece em nosso roteiro, o medo nos acompanha desde a classe “cordeirinhos de Cristo”, quem não cantou:

Cuidado, olhinho, com o que vê! / Cuidado, olhinho, com o que vê! / O Salvador do céu está olhando pra você. / Cuidado, olhinho, com o que vê! Cuidado, boquinha, com o que fala! / Cuidado, boquinha, com o que fala! /O Salvador do céu está olhando pra você. / Cuidado, boquinha, com o que fala! Cuidado, mãozinha, no que pega! / Cuidado, mãozinha, no que pega! /O Salvador do céu está olhando pra você. / Cuidado, mãozinha, no que pega! Cuidado, olho, boca, mão e pé! / Cuidado, olho, boca, mão e pé! / O Salvador do céu está olhando pra você.

Imagine uma criança desenhando em seu coraçãozinho esse Deus? Depois não sabemos porque tantos cristãos tem medo de Deus e porque os adolescentes ligam Deus automaticamente a palavra NÃO…

As pregações motivam a viver longe do pecado por causa do grande olho divino e não pela beleza de viver em busca de valores integros e éticos.

Que pena, poderíamos gerar pessoas bonitas, mas por enquanto são apenas medrosas.

Que pena, poderíamos gerar homens e mulheres que vivessem com o coração em Deus, cientes de seu amor impulsionados a mudar realidades, mas o que temos são pessoas tristes fazendo campanhas para alcançar benefícios. Que pena.

Supremo Senhor

Nenhum domínio é tão absoluto como o que se funda na criação. Aquele que bem podia não ter feito coisa alguma, tinha o direito de fazer todas as coisas de acordo com o Seu be­neplácito. No exercício do Seu poder indomável, Ele fez algumas partes da criação simples matéria inanimada, de textura mais grosseira ou mais refinada, e distinguida por qualidades diferen­tes, mas sempre matéria inerte e inconsciente.

Ele deu organiza­ção a outras partes, e as fez suscetíveis de crescimento e expan­são, mas ainda destituídas de vida no sentido próprio do termo. A outras não só deu organização, mas também vida consciente, os órgãos dos sentidos, e energia para auto-motivação. A estas Ele acrescentou, no homem, o dom da razão e um espírito imortal, pelos quais o homem se junta a uma ordem mais elevada de seres localizados nas regiões superiores. Sobre o mundo que criou, Ele empunha o cetro da onipotência. "... eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.

E todos os moradores da terra são reputados em nada; e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra: não há quem possa estorvar a sua mão e lhe diga: Que fazes? — Daniel 4:34-35

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Alegria é o fim da criação

A Alegria é o fim da criação… porque o objetivo da criação é que a criação possa glorificar ao Criador.

Ora, o que está glorificando a Deus senão um regozijo na glória que ele próprio revelou? Um mero entendimento das perfeições de Deus não pode ser o fim da criação; pois para ele, tanto não entender, quanto ver e não ser sequer um pouco movido de alegria com a visão, significam a mesma coisa. O maior fim da criação nem mesmo pode ser declarar a glória de Deus para outros; pois declarar a glória de Deus não é bom para nada se não para elevar o gozo em nós mesmos e nos outros para os quais é declarada.

Em outras palavras, não haveria sentido para Deus criar o universo se o maior propósito da criação fosse meramente entender ou declarar suas perfeições. Antes, quando a criação se compraz no entendimento e na declaração de suas perfeições é que Deus recebe mais glória.

Pense...

Pense from iPródigo on Vimeo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Quando palavras são vento...

por John Piper

Quando estão em tristeza, dor e desespero, as pessoas dizem coisas que não diriam em outras circunstâncias. Elas pintam a realidade com tons mais escuros do que a pintarão amanhã, quando o sol despontar. Tais pessoas cantam em notas menores e falam como se aquela fosse a única melodia. Elas vêem apenas nuvens e falam como se não houvesse céu.

Tais pessoas dizem: “Onde está Deus?” Ou: “Não há proveito em continuar vivendo”. Ou: “Nada faz sentido”. Ou: “Não há esperança para mim”. Ou: “Se Deus fosse bom, isto não teria acontecido”.

O que faremos com estas palavras?

Jó disse que não precisamos reprovar tais palavras. Elas são vento ou, literalmente, para o vento. Tais palavras desaparecerão rapidamente. Haverá uma mudança nas circunstâncias, e a pessoa desesperada acordará das trevas noturnas e se arrependerá das palavras precipitadas.

Portanto, não desperdicemos nosso tempo e energia reprovando tais palavras. Elas desaparecerão por si mesmas, ao vento. Uma pessoa não precisa podar folhas no outono; é um esforço inútil. Elas logo se espalharão aos quatros ventos.

Quão rapidamente nos dispomos a defender a Deus — ou, às vezes, a verdade — contra palavras que são ditas apenas ao vento. Existem muitas palavras, premeditadas e ponderadas, que precisam de nossa reprovação, mas nem toda heresia desesperadora, dita irrefletidamente em horas de agonia, precisa ser respondida. Se tivéssemos discernimento, poderíamos ver a diferença entre palavras profundas e palavras ditas ao vento.

Existem palavras que têm raízes em erros e males profundos. Mas nem todas as palavras cinzentas obtêm sua cor de corações pretos. Algumas são coloridas principalmente pela dor, pelo desespero. O que você ouve não são as coisas mais profundas do coração. Existe algo real em nosso íntimo, de onde procedem as palavras, mas é temporário — como uma infecção passageira — real, doloroso; mas não é a verdadeira pessoa.

Aprendamos a discernir se as palavras faladas contra nós, contra Deus e contra a verdade são apenas ditas ao vento — proferidas não da alma, mas do sofrimento. Se são palavras ditas ao vento, esperemos em silêncio e não reprovemos. Restaurar a alma, e não reprovar o sofrimento, é o alvo de nosso amor.



Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.

Copyright: © Editora FIEL

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Contemplando Deus


"O estudo próprio do cristão é o da Deidade. A mais alta ciência, a mais elevada especulação, a mais vigorosa filosofia, com o poder de empolgar a atenção de um filho de Deus, é o nome, a natureza, a pessoa, os feitos e a existência do grande Deus, a Quem ele chama seu Pai. Na contemplação da Deidade há algo capaz de comunicar sumo progresso à mente. É um as­sunto tão vasto que todos os nossos pensamentos se perdem em sua imensidade; tão profundo que o nosso orgulho se submerge em sua infinidade. Outros assuntos podemos compreender e ten­tar assimilar; neles sentimos uma espécie de satisfação própria, e seguimos nosso caminho pensando: "Vejam como sou sábio! Mas quando chegamos a este assunto magistral, vendo que a nos­sa sonda não consegue sondar a sua profundidade e que o nosso olho de águia não consegue ver a sua altura, vamos embora pen­sando: "Eu sou de ontem apenas, e nada sei"

Charles Spurgeon
In: Sermão sobre Malaquias 3:6, apud A. W. Pink, Os atributos de Deus

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A Incapacidade da vontade humana

por Arthur W. Pink

Está na esfera da vontade humana a capacidade de aceitar ou rejeitar o Senhor Jesus como Salvador? Visto que o evangelho é anunciado ao pecador e que o Espírito Santo o convence de sua condição de perdido, está no poder de sua própria vontade resistir ou render-se a Deus? As respostas destas perguntas definem nossa opinião a respeito da depravação do homem.

Todos os crentes concordam com o fato de que o homem é uma criatura caída. Mas, freqüentemente, é muito difícil determinar o que eles querem dizer ao utilizarem o vocábulo “caído”. A impressão geral parece ser esta: o homem não está mais na mesma condição em que saiu das mãos do Criador; ele está sujeito a enfermidades e herdou tendências perversas; mas, se empregar ao máximo as suas habilidades, o homem será, de alguma maneira, capaz de desfrutar o máximo da felicidade.

Oh! quão distante isso está da terrível verdade! Enfermidades, doenças e a morte física são apenas ninharias em comparação com os resultados morais e espirituais da Queda! Somente quando examinamos as Escrituras Sagradas, podemos obter alguma idéia correta a respeito da extensão dessa terrível calamidade. Quando dizemos que o homem é totalmente depravado, estamos afirmando que a entrada do pecado na constituição humana afetou todas as partes e todas as faculdades do homem. A depravação total significa que o homem, em seu corpo, alma e espírito, é escravo do pecado e servo de Satanás — está andando de acordo com “o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência” (Ef 2.2).

Não precisamos argumentar em favor desta verdade; é um fato comum da experiência dos homens. O homem é incapaz de atingir suas próprias aspirações e concretizar seus próprios ideais. Ele não pode fazer as coisas que gostaria de fazer. Existe uma incapacidade moral que o paralisa. Esta é uma prova de que ele não é um ser livre e que, ao contrário disso, é um escravo do pecado e de Satanás. “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos” (Jo 8.44).

O pecado é muito mais do que uma atitude ou uma série de atitudes; é a constituição do próprio homem. O pecado cega o entendimento, corrompe o coração e separa o homem de Deus. E a vontade do homem não escapou dos efeitos do pecado. A vontade está sob o domínio do pecado e de Satanás. Portanto, a vontade não é livre. Em resumo, as afeições amam e a vontade escolhe de acordo com o estado do coração; e, visto que este é enganoso e desesperadamente corrupto, mais do que todas as coisas, “não há quem entenda, não há quem busque a Deus” (Rm 3.11).

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O Som da tentativa

C. S. Lewis escreveu certa vez que “Parece que Deus não faz por Ele mesmo nada que Ele pudesse delegar às Suas criaturas. Ele nos ordena a fazer devagar e desajeitadamente aquilo que Ele poderia fazer perfeitamente num piscar de olhos”. Não existe ilustração maior desse princípio do que a Igreja de Jesus Cristo, à qual o Senhor delegou a tarefa de encarnar a Presença do próprio Deus no mundo. Todos os nossos esforços são exemplos dessa delegação divina.

Todo pai e mãe conhecem um pouco o risco de delegar, com sua alegria e sofrimento. A criança que toma seus primeiros passos segura, solta a mão, em seguida cai, depois luta para levantar-se outra vez. Ninguém descobriu outra maneira de aprender a andar.

Sim, a igreja falha em sua missão e comete erros exatamente porque é composta de seres humanos que sempre carecem da glória de Deus. É o risco que Deus correu. Aquele que vai à Igreja esperando encontrar perfeição não entende a natureza desse risco nem a natureza da humanidade. Assim como todo romântico acaba aprendendo que o casamento é início, não o fim, da luta por fazer o amor funcionar, todo cristão precisa aprender que a Igreja é apenas um começo.

Certa vez o compositor Igor Stravinski escreveu uma nova peça musical que continha um trecho muito difícil para violino. Depois de diversas semanas de ensaio o violinista solista procurou Stravinski e disse que não conseguia tocar. Tinha se esforçado ao máximo, mas era um trecho difícil demais, até mesmo impossível de se tocar. Stravinski respondeu. “Eu entendo isso. Mas o que procuro é o som de alguém que esteja tentando tocá-lo”. Quem sabe algo semelhante é o que Deus tinha em mente com a Igreja.


Embora, talvez, nunca alcancemos o que o compositor tinha em mente, não existe outra maneira de se ouvir esses sons sobre a terra. Assim como, longe da perfeição, a Igreja (Corpo) ainda é a única forma pela qual as pessoas ouvirão a mensagem da cruz.


Philip Yancey
(Trecho extraído do livro “IGREJA: POR QUE ME IMPORTAR?”)

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cristo, a plenitude de Deus

… pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia. Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude. Colossenses 1.16-19

Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade, e, por estarem nele, que é o Cabeça de todo poder e autoridade, vocês receberam a plenitude. Nele também vocês foram circuncidados, não com uma circuncisão feita por mãos humanas, mas com a circuncisão feita por Cristo, que é o despojar do corpo da carne. Isso aconteceu quando vocês foram sepultados com ele no batismo, e com ele foram ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos. Colossenses 2.9-12